quarta-feira, 6 de abril de 2011

Discriminação no Esporte


Ginásio de Esportes é palco de discriminação


Entendo que a prática esportiva deveria levar a união dos povos, das raças e que todas as diferenças deveriam ser ignoradas e superadas em favor do espetáculo, da superação dos limites e na busca de novos ídolos e no incentivo da saúde.
Sabemos da importância da prática esportiva e se sua contribuição para uma sociedade, do exemplo para futuras gerações.
Fiquei espantado ao ler o Caderno de Esportes do Jornal Folha de São Paulo desta quarta-feira, onde o mesmo mostrava uma matéria sobre o “preconceito” vivenciado pelo atleta Michael da equipe de Vôlei Futuro, que jogou em  Contagem (MG) no último sábado. Durante a partida, uma manifestação generalizada vinda das arquibancadas do ginásio, gritando “bicha” hostilizando o atleta do Vôlei Futuro, este que assume sua orientação sexual.
Entendo que as ofensas durante qualquer tipo de prática esportiva sempre existiu e que não é uma surpresa ou novidade entre torcidas rivais, mas está chegando a um ponto que passa de “fanatismo” para exposição “preconceituosa”.
O exemplo observado na arte e na cultura, chegando até nos programas de TV, como novelas, documentários e outros, divulgando e valorizando a participação e o trabalho de pessoas nas mais diversas orientações sexuais, parece não estar motivando os freqüentadores de práticas esportivas, que discriminam atletas impedindo e ameaçando os mesmos devido suas opções e escolha de vida.
O esporte deveria ser palco e exemplo de “crescimento e desenvolvimento”, da busca de igualdade de ideais e conceitos que sirvam de exemplo para gerações futuras, da busca pela saúde e mais qualidade de vida, sem preconceitos e diferenças, seja de raça, cor, deficiência ou opção sexual.


Ivo Carpini Martinez