sexta-feira, 11 de março de 2011

Assédio e Desrespeito

ASSÉDIO MORAL E DESRESPEITO CONTRA FUNCIONÁRIOS MUNICIPAIS

Sabemos que os problemas que envolvem o assédio moral e o desrespeito por parte dos “chefes” ou “comandantes” nos mais diferenciados cargos, contra seus subordinados ou comandados não é uma prática atual, e sim presenciada e vivida à muito tempo, tanto no trabalho privado quanto na carreira pública. Mesmo assim, com o desenvolvimento tecnológico e a informatização, (lembramos que hoje temos computadores modernos e práticos, câmeras e celulares cada vez mais modernos) tornam-se grandes aliados no que se diz respeito as “provas” e “confirmações” da prática de assédio e desrespeito em qualquer ambiente, até no local de trabalho.
Ainda assim temos presenciado a prática destas “irregularidades” ou “crime” por parte de chefias, gerencias ou pessoas ligadas a algum tipo de comando, praticar o desrespeito e o assédio moral contra seus subordinados.
Nas grandes empresas, principalmente as multinacionais já não se observa mais esta prática abusiva, pois a qualificação e a reciclagem intensa de todos os profissionais, desde a gerência até os cargos mais simples, são nivelados igualmente em termos de “uma equipe” onde todos possuem a sua contribuição pela busca de resultados e pela “melhoria contínua” dos serviços prestados, bem como dos produtos fornecidos pela empresa. Todos são os serviços e cargos são valorizados ao mesmo tempo e em igualdade, claro que o ritmo e a busca pela “perfeição” na produção é uma das metas principais, mas apesar das cobranças, há também o respeito da empresa e da chefia com seus subordinados.
No que se diz com relação aos cargos públicos, talvez a imposição da antiga e chamada “estabilidade” talvez leve a uma outra teoria de relação patrão X empregado, gerando conflitos e instabilidades dentro dos setores, apesar de que os cargos não dependam de sobreviver da produção e venda de produtos como numa empresa privada. A diferença é que muitos destes cargos atuam com seres humanos, ou seja, a educação, a saúde, a vigilância sanitária e muitos outros setores que prestam atendimento ao público, ou seja, para a população e para uma comunidade. O risco de pessoas que dependem destes serviços como por exemplo, a saúde e a educação, às vezes acabam sofrendo danos nos atendimentos por parte de funcionários descontentes ou desmotivados.
A falta da qualidade e de motivação pode estar ligado ou associado ao estresse provocado por condutas de suas gerencias ou coordenação, que levam os subordinados a passarem por situações vexaminosas como o assédio moral e o desrespeito.
Ao contrário da empresa privada, os cargos são em sua maioria distribuídos para pessoas desqualificadas, despreparadas profissionalmente e psicologicamente, e que não sabem tirar proveito das capacidades e qualidades de seus subordinados, e ainda se promovem no cargo por estarem constantemente aplicando “punições” desnecessárias e incabíveis contra seus funcionários.
Não há discussões ou diálogos entre a equipe ou um grupo, e sim perseguições e imposições caracterizando o assédio moral e o desrespeito na vida profissional.
Poucos são os que conseguem “gritar” e buscar apoio sabendo dos direitos e leis contra esta prática abusiva e covarde, mas infelizmente muitos adoecem e ficam marcados pelo resto de suas vidas.
E alguns casos na área de saúde, educação, administrativa, sanitária onde estes setores são dotados de muitos funcionários subordinados, seus comandantes geralmente indicados por situações políticas diferenciadas, prevalecem seus impulsos jurássicos e dos tempos dos coronéis, impondo e desrespeitando seus subordinados.
Um exemplo, a matéria publicada pelo Jornal do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região, SISMAR, edição:45, mostrando a situação vivenciada por servidores sofrendo abuso de assédio moral e desrespeito dentro de unidade pública municipal. Simplesmente, os funcionários (sem direito de defesa ou aguardando audiência nos Processos Administrativos Disciplinares, PAD(s), são “esquecidos” ou “jogados” em locais bizarros como por exemplo, o famoso “banquinho” (foto), lotado nos fundos da Secretaria de Educação, local este, que na minha opinião deveria ser exemplo e referência de cidadania e respeito com o ser humano e seus funcionários.
Mas existem bons exemplos também dentro do serviço público, embora em minoria, em algumas poucas unidades de serviço, há gerentes e coordenadores capacitados que valorizam e conduzem seus subordinados tranquilamente, sem ofensas, com educação e com respeito, buscando sempre o diálogo e a compreensão gerando um ambiente de trabalho agradável, produtivo e harmonioso. Sendo assim, todos saem ganhando, o “patrão”, o subordinado e principalmente a população que necessita de um trabalho de qualidade.

Ivo Carpini Martinez




  

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