Estresse no ambiente de trabalho

Estresse

Estudos comprovam que, hoje cerca de 75% dos trabalhadores sofrem de estresse no seu ambiente de trabalho. Deste a maioria passa por transtornos e problemas de saúde devido ao estresse gerado neste ambiente.

Em um país onde uma vaga no mercado de trabalho esta cada vez mais disputada a “unhas e dentes”, desde aos que buscam sua primeira colocação no mercado de trabalho, ou até os que lutam por uma nova inclusão no mercado de trabalho, após determinado tempo de angustia e pressão por estar desempregado, parece não ser um dos grandes responsáveis pelo mal do estresse e suas consequências.

Talvez, estar fora do mercado de trabalho seja muito mais “doloroso” e traumatizante para os que possuem família e dependentes na sua responsabilidade, levando a certa inquietação e preocupação mas, não o estresse.

Para os que estão na ativa no mercado de trabalho, o índice de estresse aparece preocupar e motivar pesquisas e estudos nesta área, devido prejudicar a qualidade do serviço e também a qualidade de vida dos trabalhadores em geral. O nível de estresse em trabalhadores antes verificado em empresas de grande porte e multinacionais, hoje aparece em todas as áreas e setores públicos e privados, não somente por péssimas condições no ambiente de trabalho mas, por incapacidade profissional, falta de experiência e até abuso de poder e gestão de profissionais que adquirem certo comando numa determinada equipe de trabalho.

As doenças que surgem por conta dessa situação são dor de cabeça, dor de pescoço, irritabilidade, sensação de angústia, falta de concentração, dificuldades de visão e fadiga.

As observações foram colhidas após um estudo realizado em mais de 4 mil locais de trabalho em diferentes áreas industriais, educacional, saúde entre outras.

O surgimento desse estresse deve-se a vários fatores, entre os quais, a insegurança com respeito as condições de trabalho, a falta de autonomia e ao futuro e a indefinição sobre as tarefas a serem desenvolvidas.

Pesquisadores da área afirmam que os empregados que se sentem “exigidos” por seu trabalho sofrem da “Síndrome do Burnout”, estando diretamente relacionada com esforços físicos (dores musculares, fadiga crônica) e psicológica (frustações, ansiedade, irritabilidade) provocando menor rendimento e faltas no trabalho.

Outras atitudes observadas no ambiente de trabalho como ser ameaçado, ser cobrado, gritar, criticar, ignorado ou encaminhado a lugares isolados são condutas das quais os trabalhadores estão expostos nos seus ambientes de trabalho e estão afetando a saúde dos mesmos. Um dos locais que passam por estas situações acima descritas são os setores  públicos como por exemplo, as prefeituras municipais.

Segundo pesquisa, 30% dos trabalhadores sofrem algum tipo de perseguição moral no trabalho. Cerca de 45% dizem ter sofrido algum abuso por parte de superiores imediatos, onde tal conduta pode levar estes trabalhadores a sofrer de depressão e consequentemente levar a uma queda de produtividade na empresa, além das faltas.

Durante a  pesquisa, muitos trabalhadores que estavam de licença médica devido a depressão, relataram que foram vítimas de ameaças e perseguição moral, violência verbal e até agressões físicas no ambiente de trabalho.

Seria isto um indício de que , ao invés de termos soluções e projetos para o desemprego, a qualificação profissional, mais motivação, treinamentos para melhoria da qualidade dos serviços prestados, estarmos presenciando uma classe de “patrões” que estão voltando as tradições e metodologias antigas dos temidos “senhores e coronéis” que detinham todo o poder sobre seus subordinados ?

O excesso de mão-de-obra disponível no mercado, a escassez de vagas, a falta de fiscalização sobre a competência profissional, a falta de responsabilidade, de preparo e qualificação profissional não somente aos trabalhadores subordinados mas, principalmente aos gerentes, aos coordenadores e aos gestores devem ser importantes e fundamentais para mudar e melhorar a qualidade de vida de todos os profissionais, quem ganha com isto ?  A sociedade em geral.

(Orgãos que podem auxiliar o trabalhador : Sindicatos da Categoria, Ministério Público do Trabalho, Justiça do Trabalho e Gerência Regional do Trabalho. Você pode buscar mais informações sobre seus direitos para Assistência Jurídica Gratuita e Denúncia de Trabalho Irregular nas Faculdades de Direito, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados (OAB), Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do trabalho – Procuradoria Regional do Trabalho da 15^o Região de SP).

Ivo Carpini Martinez