segunda-feira, 7 de março de 2011

Propaganda

PROPAGANDA DE BEBIDA


No início do mês de abril 2009, foi entregue ao Presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, uma lista de abaixo-assinado com mais de 600 mil assinaturas pedindo a aprovação do Projeto de Lei 2733/08, proposta que amplia a restrição de propaganda para bebidas de teor alcoólico entre 0,5 e 13,0 graus na escala Gay-Lussac. Vale lembrar que a cerveja, uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros, se enquadra dentro desta escala, considerando desde a cerveja “tipo sem álcool”, que embora se diz sem álcool, traz impresso em sua embalagem  teor de álcool variando de 0 e 0,5 graus na sua composição, e para as infinitas variedades de cerveja “com álcool” que indicam uma variação que vai de 4,0 e 6,0 graus de teor alcoólico em composição.
O presidente da Câmara (Arlindo Chinaglia) declarou-se favorável à proposta, mas que apenas a regulamentação desta proibição não resolverá o problema, mas em minha opinião, já é de grande importância e avanço que este projeto esteja na pauta do Plenário.
Devido aos inúmeros problemas e situações que o consumo de álcool provoca no país, como doenças decorrentes do consumo de álcool, atitudes descontroladas devido à embriagues que geram a violência, os acidentes nas estradas e rodovias, e muitos outros problemas que contribuem para elevar muitos dados estatísticos  dentro de zonas urbanas, devido ao consumo descontrolado , mal informado ou incentivado por propagandas chamativas, se mostram em resultados e pesquisas de inúmeros estudos que o consumo excessivo de álcool é prejudicial e nocivo à saúde. Portanto, não é aceitável e possível admitir propaganda para estimular seu consumo. Além, dos direitos, respeito e consideração aos menores de idade que convivem constantemente frente a estas propagandas de bebidas alcoólicas.
Aliás, por exemplo, não se faz propaganda de cerveja, produto que aparece constantemente nos horários mais caros e concorridos dos veículos de comunicação, como canais de  televisão, divulgando o produto mostrando por exemplo, a origem de sua matéria-prima, a qualidade e a segurança investidos e aplicados nos processos de fabricação, envasamento durante seu processamento até os produtos acabados.
Não se divulga o tratamento, a qualificação, o empenho de seus empregados e o compromisso e respeito com o meio ambiente e com a sociedade.
Geralmente, mostram-se este produto em presença de uma quantidade imensa de mulheres com “nádegas” perfeitas e maravilhosas em locais ou praias paradisíacas, bares e locais sempre limpos, higiênicos, luminosos e pessoas que não apresentam nenhum tipo de problema.
Já até surgiu recentemente propagandas de mulheres de biquíni no interior de rolhas metálicas (tampinhas), para chamar a atenção de seus consumidores, uma verdadeira apelação pela briga do espaço competitivo.
Então, por que não chamar a atenção de seus consumidores para ao adquirir o produto, levar também para casa informações (não de mulheres semi-nuas) mas, informações e conceitos  sobre saúde, higiene, imagens ou fotos de personagens que contribuíram para o crescimento e desenvolvimento do nosso país, seja na política, no esporte, na cultura, na arte ou na educação.
O movimento e o abaixo-assinado contra a publicidade e propaganda de bebidas alcoólicas, também conta com o apoio do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, Órgãos e Associações de Estudos e Combate ao Álcool e outras drogas, reúne mais de 350 entidades da sociedade civil, instituições médicas, ONGs, igrejas, universidades, conselhos profissionais, conselhos municipais, sindicatos, serviços de saúde e entidades de defesa do consumidor.
A meta é continuar coletando assinaturas em favor do projeto até atingir um milhão de nomes.

Ivo Carpini Martinez
Experiência anterior em Degustação e Controle de Qualidade nos Processos de Fabricação e Envasamento de Cerveja.



*** Artigo : Publicado no Jornal Tribuna Impressa de Araraquara.



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