quinta-feira, 3 de março de 2011

E a saúde como vai ???

Saúde na UTI mas, ainda há esperança...

Estamos presenciando a cada ano, inúmeros projetos e até obras concretizadas e oferecidas para a população para o atendimento da saúde. Ao todo, são criados postos, centros de especialidades, pronto atendimentos, unidades, núcleos e mais uma infinidades de siglas lançadas na sociedade para a mesma utilizar como alternativas e soluções para a saúde.
Concorda-se que, quanto mais serviços de saúde fornecidos e servindo a população, é vantajoso e ao mesmo tempo interessante para a cidade e para a população desde, que a mesma seja desenvolvida e oferecida com respeito e com qualidade.
Executar obras e prédios para o atendimento da saúde não se deve simplificar apenas em aparências arquitetônicas e quantitativas. O tratamento e o serviço prestado internamente é muito mais importante do que se fazer inúmeras obras. A saúde precisa de qualidade, ou seja, não basta criar prédios modernos se o profissional que atua internamente não esta preparado, capacitado e principalmente “motivado”.
Se quer fazer “quantidade” de opções para a população, a mesma agradece mas, é necessário também de se ter profissionais treinados, trabalhando em equipe, desenvolvendo sua função com alegria e satisfação de cuidar de uma vida que esta em suas mãos. O profissional que atua na saúde deve sair de sua casa para o local de trabalho motivado e preparado para salvar “vidas”, não por obrigação ética e profissional apenas, mas por gostar do faz e desenvolve.
Um profissional de saúde deve ter apoio de sua coordenadoria e gerência, deve ser ouvido e atendido nas suas propostas e projetos de melhorias, de sugestões e até de apoio psicológico.
As constantes e novas inaugurações não trazem serviços com “qualidade” para a saúde, mas o profissional que atua ali e convive neste meio, necessita e deve estar atualizado e preparado para servir a população com um atendimento de qualidade.
Trabalhar e atuar na saúde necessita de um conjunto de profissionais em sincronia, ou seja, uma “equipe” desenvolvendo um trabalho visando a o bem estar da população que paga seus impostos. Médicos, enfermeiras, técnicas, profissionais que atuam na administração e nos operacionais como segurança, limpeza e manutenção e principalmente sua coordenação, devem ser além de avaliados, estarem preparados e motivados para atuar na saúde.
Mostra-se na maioria das cidades que ao mesmo tempo que se faz inúmeras obras, se trocam também os responsáveis pela organização e gerência das unidades de saúde, são inúmeros secretários, gerentes e coordenadores muitos, sequer com experiência profissional no setor.
A qualidade profissional e principalmente do serviço oferecido é reflexo de sua administração, da sua gerência, que deve cobrar e preparar todos que estão neste barco, ou seja, na saúde. Têm que ter comandante, senão o barco “afunda”.
Infelizmente, no setor público, muitos que estão no comando não aceitam acompanhar o desenvolvimento tecnológico, a adequação e a qualificação profissional, e principalmente a “inovação” nos serviços prestados. Muitos até se “promovem” atrás de perseguições, ameaças e punições administrativas no funcionário que se quer, foi lhe apresentado um treinamento, uma qualificação ou condições físicas e materiais para desenvolver seu trabalho.
É bom para a cidade mais unidades de atendimento à saúde mas, vamos também preparar e qualificar nossos funcionários, motivar os mesmos e dar oportunidade de crescer e valorizar sua profissão. Na saúde o serviço apresentado com qualidade gera também “qualidade de vida”, sendo ótimo também para o município e principalmente para a população.


Ivo Carpini Martinez
(Servidor Público Municipal da Saúde)

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